Da janela lateral

Enquanto acreditava estar oculto, observava. E para a imaginação dele, ela pode dar asas. A provocação consiste  exatamente nisso.Quando se permite ir, sem poder alcançar. Havia um "Q" de excitação diante daquele fato, como um feitiço. Tudo tão perto e considerado impossível. Seus olhos negros buscavam todas as formas, movimentos. A janela de onde ele espiava era estreita, o que o deixava ainda mais ansioso, procurando o melhor ângulo. Quase podia ouvir sua respiração ofegante. Naquela noite ele ganharia um presente. Ela  havia  acabado de sair do banho. Cabelos molhados, vestia uma blusa branca e a semi transparência  revelava seus seios, iguais aos de uma adolescente.Sua pele clara uniforme, não havia  nenhuma marca de exposição ao sol. Naquela sala de vestir, onde ela costumava passar a maior parte o tempo, havia na parede um espelho enorme, posicionado de um jeito, que a visão dele através da fresta da janela, era ampla. Qualquer  movimento que ela fizesse ou em qualquer canto por onde se aninhasse, ele a veria, inteira.  Além da blusa semi transparente, ela vesti uma calcinha de renda branca, e como  a janela estava aberta, para que não se esfriasse ela usava também meias 7/8.Essa composição concedia-lhe um ar colegial. Instigante. Ele a observava sedento. Não sabia se mantinha as mãos na janela, ou se  tentava manter o equilíbrio, para poder se tocar prazerosamente. Ela, maliciosamente,