A água cálida escorria pelo seu corpo. Ela acariciava com a palma da mão seu pescoço e nuca, enquanto de olhos fechados mordiscava o canto da boca, pensava nele. Os fios de cabelo pesados, encharcados, formavam gotas maiores, e descia pelos seios, contornando os mamilos, arrepidaos, rosados. A música que vinha do quarto entrava mansinho pela porta do box, e quase que ecoava pelos furos daquela ducha, que parecia, entorpecer os sentidos dela. Sem pressa, seus dedos longos, deslizavam pelo abdomem.
E os lábios ainda mordiam e pressionavam a língua, que de vez em quando se lambia sedenta, de outra, que não estava ali. Nesse momento , ela virava a cabeça para cima e deixava a água encher a boca, e depois dispensava como se não pudesse engolir, para nunca mais ter que parar de senti-la. O Vapor foi deixando o vidro do box embaçado, ela se sentindo protegida, passou a acariciar com o sabonete, suas coxas, e entre elas, lentamente. Envolvia com as mãos através de movimentos leves e provocantes passeando toda a pele, fendas, morros, vãos.. tudo em si. E os lábios entreabertos, a língua ainda se lambia, e o corpo, agora também, cálido, se mostrava exuberante, entregue, pecador. Ela, baixinho dizia… Dizia tudo, confessava para as paredes o que gostaria de sentir,e de como se entregaria à ele, embaixo daquela ducha, dentro daquele box. Uma mulher sem proibições, com sede. Imaginou mil sons, interpretou muitas cenas de prazer,e depois se lambuzou em silêncio e segredo.Nos lábios ela, guarda o nome dele, no corpo a sensação de prazer, quando arrepia a pele e umedece as entranhas.
E em todo o tempo que resta, ela espera que aquela boca chegue, para roçar sua nuca. E então, ela possa dizer tudo…
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